As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CGTB e CTB mobilizaram centenas de lideranças sindicais e trabalhadores, na manhã desta terça-feira (18), em protesto que cobra do governo federal a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) na fonte e a elevação do valor do salário mínimo para R$ 580,00. As mobilizações ocorreram em diversos estados do país.
Em São Paulo, a concentração começou no vão livre do Masp e seguiu em passeata até o prédio do TRF (Tribunal Regional Federal), onde a Força Sindical protocolou uma ação civil pública – com pedido de liminar – pedindo o reajuste da tabela que serve como base de cálculo da alíquota do IR de acordo com o índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor/IBGE) acumulado em 2010, que foi de 6,47%.
A tabela do IR – que, desde 2007, é corrigida pela meta de inflação, de 4,5% – não teve mudança para 2011. “Vale ressaltar que milhares de trabalhadores passarão a pagar Imposto de Renda após os reajustes salariais do ano passado senão houver correção da tabela do IR”, afirma o presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva (Paulinho). O sindicalista esclarece que a correção pelo INPC elevaria a primeira faixa de cobrança de R$ 1.499,16 para R$ 1.595,99.
Paulinho destacou que este ato é o início das mobilizações dos trabalhadores que terão que lutar muito para conquistar suas reivindicações como, por exemplo, o reajuste do salário mínimo. Ele lembra também que as centrais sindicais tem se mostrado abertas ao dialogo desde o início, mas que esse novo governo, depois de eleito, tem se mostrado difícil as negociações. “Até o momento, lamentavelmente, não conseguimos uma posição favorável do governo para o reajuste do mínimo. E não iremos concordar com os R$ 545 propostos pelo governo”, destacou.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, lembra que dados da Receita Federal revelam que o governo espera receber 24 milhões de declarações, cerca de 500 mil a mais este ano. “Desde 1995, a tabela do IR acumula defasagem de cerca de 70%”, cobra o sindicalista.
Manifestações – Além da atividade na Avenida Paulista, as Centrais orientaram as seções estaduais, Confederações, Federações e os Sindicatos filiados que promovessem atos públicos, passeatas, assembleias e outras ações para marcar a data. As entidades também já encaminharam um pedido de audiência à presidenta Dilma Rousseff.