Bancário obtém indenização do HSBC por ser obrigado a se vestir de Drag Queen

Um ex-funcionário do HSBC venceu um processo na Justiça do Trabalho e receberá uma indenização por ter sido obrigado a se vestir de drag queen sob ameaça de demissão. O valor não foi divulgado.

O autor da ação conta que trabalhou por sete anos em uma sede da empresa em Curitiba e fazia parte do call center de cobrança do banco. Em 2007, o gerente teve que se travestir após o grupo de 400 funcionários ter atingido a meta de resultados apresentada por um diretor da instituição. O "prêmio" dos trabalhadores seria ver o gerente vestido como mulher.

O ex-funcionário, que não teve o nome revelado, contou em entrevista por telefone que o banco tinha diversas formas de avaliação. Uma delas é chamada de "meta de comprometimento". Segundo ele, os funcionários poderiam ser punidos se não se submetessem a atividades de descontração.

O ex-gerente disse que precisou se fantasiar em duas ocasiões. Ele alega que por diversas vezes presenciou colegas se submeterem a situações constrangedoras. "Toda sexta era uma situação diferente. Por conta da meta de comprometimento, tínhamos de nos vestir de hippies, dentre outras coisas" contou.

Uma audiência de conciliação correu na segunda-feira (8) para tratar do caso no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba. O advogado do autor da ação, Alessandro Vale, afirmou que a reunião foi tranquila e que o caso por danos morais está encerrado com um acordo.

Não foi possível conversar sobre o assunto com um representante do TRT nem do HSBC. A reportagem entrou em contato com a assessoria do HSBC que até o momento não se pronunciou. O TRT informou que o caso corre em segredo.

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