Além de abrir mais postos de trabalho no Estado, setor inicia o ano com 40% menos demissões
Janeiro é um mês fraco para o emprego em geral, mas 2012 começou melhor para os trabalhadores do comércio. No total, mais de mil vagas estão abertas em todo o Estado, segundo dados da Agência de Empregos do Sindicato dos Empregados no Comércio de Goiás (Seceg).
A categoria também comemora a redução no número de demissões. Até agora, o setor dispensou 40% menos do que no mesmo período do ano passado. Outra boa notícia é que aproximadamente 3 mil temporários foram efetivados neste início de ano. A quantidade representa mais de 20% do total de contratados para o Natal, superando as expectativas dos líderes sindicais, que previam 15%.
efetivações
O porcentual de efetivações em Goiás foi maior do que na média nacional, que não passou de 15%, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Manager (Ipema). Para o presidente do Seceg, Eduardo Amorim, o Estado tem se destacado como um celeiro de oportunidades para o comércio, com a instalação de diversas empresas e a construção de novos shoppings.
"Esse aquecimento do comércio será benéfico inclusive para as negociações trabalhistas e salariais deste ano", afirma. A evolução da remuneração nos últimos anos é destacado pela universitária Lorena Carmo de Carvalho, 26, que trabalhou como vendedora nos últimos seis anos.
"Quando eu comecei, a maioria das empresas pagava o salário mínimo para vendedor. Agora, o mínimo oferecido normalmente é de R$ 700,00 para cima", compara. Desempregada há cerca de dois meses, Lorena esteve ontem na Agência de Empregos do Seceg para deixar seu currículo.
otimista
Ela diz que está priorizando os estudos e as oportunidades relacionadas (faz o 4º período de enfermagem). Mesmo assim, frisa que, por enquanto, está aberta a qualquer oportunidade e, por isso, está otimista com o mercado.
Por outro lado, na opinião do profissional Thiago Félix, 32, que é formado em Logística e faz pós-graduação na área, para cargos de níveis mais altos, existem ofertas, mas os salários ficam a desejar.
"A exigência é de nível superior, mas o salário é de ensino médio", afirma ele, que espera o resultado de duas seleções e também deixou currículo no Seceg.