Quando e como pedir aumento

Para passar a situação com tranquilidade, é preciso ter as estratégias certas para conseguir a melhor negociação salarial

O momento de pedir aumento salarial é praticamente inevitável ao longo da carreira de todo profissional. E mesmo que seja previsível dentro do cenário de uma empresa, esse é um dos momentos mais delicados, mesmo para um funcionário respeitado e experiente. Mas algumas estratégias podem ajudá-lo a não cometer erros nessa ocasião e que também não gere tensão ou desgaste na relação com o seu chefe.

Antes de tomar qualquer posição, o funcionário deve ficar atento a tudo o que está ocorrendo a sua volta. Pedir um aumento salarial, por exemplo, em uma ocasião na qual a empresa está passando por um período de crise financeira ou readequação pode ser um péssimo negócio.

Além do desgaste natural, o profissional pode passar a sensação de não estar na mesma sintonia da empresa.
Outro aspecto que requer observação, está ligado ao momento certo para falar com seu chefe. Para que a resposta seja positiva, é importante que você conheça o seu chefe.

Sendo assim, observe os dias em que ele estiver mais acessível e evite dias muito atribulados e estressantes. Depois de deixar claro que precisa ter uma conversa particular com seu superior, espere que ele conduza e aponte a hora ideal. “Deixe que seu chefe diga qual é o melhor horário”, diz a consultora organizacional da Evolué, Mirella Nery Batista.

Após ultrapassar todas essas etapas e chegar o momento do pedido formal de aumento salarial, o profissional deve tomar muito cuidado com a postura. “Ele tem que saber valorizar o que é bom em seu trabalho, focar naquilo que foi proveitoso, sem queixar”, diz Mirella.

Atente-se a forma como conduzir o diálogo. Não raro, ao demonstrar suas qualidades, o profissional tende a ser arrogante.
Por outro lado, tente não justificar o pedido de aumento dizendo que você trabalha direito, é pontual e que não falta ao serviço. Tudo isso faz parte de sua obrigação e, simplesmente, isso é o esperado pela empresa.

Mirella lembra que chegar com um valor pré-fixado é um risco. Essa atitude até pode dar certo, dependendo do perfil do chefe, mas, de forma geral, essa ‘cartada’ não funciona com a maioria. “Se ele chega com valor já pré-fixado aparenta uma postura de mandante. E os chefes não costumam gostar dessa atitude”, ressalta.

Lembre-se, as empresas não contam tempo de casa e sim, resultado, produtividade. Por isso, evite comparações salariais com colegas de trabalho que ganham mais que você, mesmo trabalhando a um tempo menor na casa. “A empresa foca no empregado que dá resultado”, diz. Outra justificativa insólida e que demonstra imaturidade é fazer comparações como ‘trabalho mais que fulano’.

De qualquer forma, caso a resposta de seu chefe seja negativa, seja construtivo e tente entender o posicionamento dele e da empresa. Não saia dessa conversa sem uma radiografia do que precisa melhorar ou quanto tempo deve esperar para ter esse reconhecimento financeiro.

Facebook
Twitter
LinkedIn