Mesmo com o calendário comercialmente mais longo — sem o impacto do Carnaval que prejudicou os resultados de suas bases comparativas —, março foi mais um mês fraco nas vendas de veículos novos no país. Os emplacamentos, apesar dos quatro dias úteis a mais, caíram 2,5% em relação a março do ano passado, que, com 240,8 mil unidades licenciadas, já tinha registrado o volume mais baixo de 2014.
Ante fevereiro, as vendas subiram 26,2%, mas esse crescimento se deve apenas ao calendário com cinco dias úteis adicionais de março. Na média diária, que elimina o efeito do feriado do Carnaval, março mostrou mais uma vez um tímido ritmo de vendas, inferior até mesmo a fevereiro, quando a indústria amargou o pior resultado desde a crise financeira de 2008/2009.
As revendas comercializaram 10,3 mil carros a cada dia que abriram as portas no mês passado, 246 unidades a menos do que em fevereiro — tirando dessa conta os veículos comerciais pesados.
No total, 234,7 mil unidades foram emplacadas no mês passado, em números que somam os volumes de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Foi o pior março em sete anos.
O desempenho leva para 674,4 mil veículos o total vendido no primeiro trimestre, 17% menos do que em igual período de 2014 e confirmando o pior início de ano desde 2009, quando o setor sentia os reflexos da crise financeira internacional sobre a disponibilidade de crédito. A expectativa da Fenabrave é de queda de 10% na demanda por veículos em 2015.
Só no segmento de carros de passeio e utilitários leves, as vendas somaram 226 mil unidades no mês passado, 1,2% a menos do que em igual período de 2014. A Fiat, líder desse mercado, respondeu por 18% do total vendido em março, seguida por General Motors (16,4%), Volkswagen (15,4%) e Ford (10,5%).
Já as vendas de caminhões caíram 29,6% na comparação anual, para 6,5 mil unidades em março. Ainda em relação a igual período de 2014, o balanço da Fenabrave também mostra queda de 23,2% nos licenciamentos de ônibus, que somaram 2,2 mil unidades no mês passado.