A diferença salarial entre homens e mulheres permanece em queda no país, mas ainda há grande espaço para aproximação, principalmente em cargos de chefia.
Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, o rendimento das mulheres equivalia a 76% do dos homens em 2015, cinco pontos percentuais a mais do que os 71% registrados em 2005.
Em 2015, o rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.012. Já a trabalhadora recebeu, em média, R$ 1.522.
Apesar da evolução de 38,2% no rendimento das mulheres em dez anos, o valor observado em 2015 ainda é menor do que os R$ 1.552 que os homens ganhavam em 2005.
A diferença de salários é ainda maior em cargos de gerência ou direção, segundo os dados do IBGE. Neste caso, o salário médio das mulheres equivale a 68% do valor pago aos homens. Em 2005, equivalia a 71%.
Há também um indicador de desigualdade entre as próprias mulheres: aquelas que têm emprego informal ganham apenas 49% das que trabalham com carteira assinada. No caso dos homens, a razão é de 55%.
“As desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho podem ser analisadas também sob outras duas óticas: a diferenciação das jornadas de trabalho e a ocupação de cargos de chefia ou direção”, ressalta o IBGE.
No primeiro caso, as mulheres tendem a ter uma jornada semanal menor do que 40 horas semanais, o que indica maior informalidade.
De acordo com a pesquisa, a jornada média das mulheres foi de 34,9 horas por semana em 2015, enquanto a dos homens foi de 40,08 horas.
Ainda assim, as mulheres têm uma jornada total maior, de 55,1 horas por semana, considerando os afazeres domésticos. Para os homens, a jornada média total é de 50,5 horas semanais.
No caso da ocupação de cargos de chefia, do total de cargos ocupados por homens de 25 anos ou mais, 6,2% são de gerência ou direção. Para as mulheres, a proporção é de 4,7%.
Fonte: Folha de S. Paulo.