A taxa de desemprego no país ficou em 11,7% no trimestre encerrado em outubro, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta (29). A projeção da Bloomberg era que o percentual do índice sobre o número de desempregados no país ficasse em 11,9%, no período.
O desemprego, que atingiu 12,4 milhões de brasileiros no trimestre, veio abaixo do verificado nos três meses anteriores, com fim em julho, quando a taxa esteve em 12,3%, e também apresentou número inferior ao do mesmo período de 2017 (12,2%), segundo a Pnad contínua, pesquisa que contabiliza trabalho formal e informal no país.
A população desocupada –caracterizada por não ter trabalho, mas estar procurando– caiu 4%, na comparação com o trimestre de maio a julho deste ano. Já na relação com o mesmo período de 2017, a redução foi de 3,1% ou uma redução de 389 mil pessoas nessa situação.
Sobre a taxa de subutilização da força de trabalho (indicador que agrega os desocupados, pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais e os que tinham idade e desejo para trabalhar, mas que não podiam), o período analisado (24,1%) apresentou queda em relação ao trimestre encerrado em julho (24,5%), mas ficou acima do percentual apresentado no mesmo período do ano passado (23,8%).
O emprego sem carteira subiu tanto na comparação com o trimestre anterior (4,8% ou um acréscimo de 534 mil pessoas), quanto na relação com o período de 2017 (5,9% ou adicional de 649 mil pessoas). Esse movimento ocorreu também com trabalhadores por conta própria, que cresceram 2,2% ante os três meses de maio a julho, e 2,9%, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
Se por um lado a informalidade avança, por outro, o percentual de trabalhadores com carteira assinada se mantém estável. Nos três meses até outubro, eram 32,9 milhões de pessoas com carteira assinada no setor privado no Brasil.