Líderes sindicais têm manifestado irritação com o que veem como demora do governo de transição de Lula (PT) em anunciar a equipe que discutirá os temas trabalhistas.
“Já foram nomeados banqueiros, economistas, artistas, jogadores de futebol, mas ninguém para falar de trabalho até o momento”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
Em entrevista à TVT, Vagner Freitas, vice-presidente da CUT, disse esperar que a participação dos trabalhadores seja levada em conta na formação da equipe de transição.
“Parabéns para Lula e Alckmin pela amplitude dada à composição da equipe de transição. Gosto muito dessa condição de frente ampla. Mas gostaria de ver representantes dos trabalhadores e trabalhadoras para construir um governo que leve em consideração o valor do trabalho em posição superior ao valor do mercado. Como o presidente Lula tem dito, ele quer governar para os que mais precisam. Os que mais precisam são os trabalhadores, que devem estar representados de maneira importante na equipe de transição”, disse Freitas.
Como mostrou a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, Lula deve indicar representantes das principais centrais sindicais para comandar o grupo técnico do trabalho na equipe de transição, como CUT, Força Sindical, UGT e CTB.
O chamado às centrais marcará o retorno oficial do diálogo do sindicalismo com o governo federal, que foi interrompido desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), que extinguiu o Ministério do Trabalho e depois o recriou para acomodar Onyx Lorenzoni (PL-RS).
Fonte: Jornal de Brasília