Pedidos de recuperação judicial de empresas disparam em 2023

Juros altos encarecem as dívidas. De acordo com um estudo da Serasa Experian, o número de pedidos de recuperação judicial disparou no Brasil neste ano. Foram 382 requerimentos com ingresso na Justiça entre janeiro e abril. No grupo existem empresas gigantes como Americanas, Oi, Light e Grupo Petrópolis, sendo que o setor de serviços é um dos mais prejudicados. Em seguida aparecem comércio, indústria e setor primário.

A taxa de juros é um dos motivos para o aumento de pedidos de recuperação. Muitas empresas têm empréstimos, e os juros altos encarecem o valor da dívida. O número de falências também cresceu em 2023. "As instituições estão alarmadas com o volume de calotes, então sobem os juros e começam a restringir crédito", diz Luís Alberto de Paiva, diretor da Corporate Consulting.

Agro na Bahia, automóveis em Pernambuco. O presidente Lula visita nesta terça (6) a cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, para abertura de feira agrícola de negócios. Os eleitores da cidade deram vitória ao candidato Jair Bolsonaro na eleição de 2022, o que é raro na Bahia, estado considerado um reduto eleitoral petista.

A feira dura até sábado e tem na programação leilão de gado, palestra sobre cortes de carne e painel sobre como combater, na Justiça, as invasões de terra. Mais tarde, Lula vai a Pernambuco e visita um polo automotivo em Goiana, a fábrica da Fiat que produz carros de luxo.

Amazônia ameaçada. "A gente hoje tem uma bancada do garimpo (no Congresso). O garimpo é uma atividade criminosa, gente. Daqui a pouco vai ter o quê? A bancada do tráfico?" A indignação é da jornalista Sonia Bridi, em entrevista ao UOL nesta segunda (5), Dia Mundial do Meio Ambiente. Ela fala sobre os riscos de segurança na produção do documentário Vale dos Isolados e comenta os indícios de conexões entre políticos de Atalaia do Norte e os acusados dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Também sobre os ataques à Amazônia, Ricardo Kotscho escreve que o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal vem em boa hora, na contracorrente do esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente. "O governo Lula-3 pode fazer desse limão uma limonada, mostrando ao mundo que a defesa da Amazônia é uma de suas grandes prioridades".

Juiz tenta voltar à Lava Jato. Afastado subitamente da Operação Lava Jato na 13ª Vara de Curitiba, o juiz Eduardo Appio e seus advogados alegam que não foi ele o autor das ligações telefônicas que motivaram a punição. A defesa apresentou uma perícia que contradiz os laudos usados pela Polícia Federal, escreve Jamil Chade.

O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) afastou Appio após denúncia à Corregedoria Regional por suposta ameaça ao desembargador federal Marcelo Malucelli. O pedido de liminar para que Appio seja reintegrado à condição de juiz titular destaca que "os celulares através dos quais foram realizados os supostos diálogos sequer foram apreendidos ou periciados". A defesa também alega grave violação da cadeia de custódia, que significa direitos do acusado à defesa e a provas lícitas. Reinaldo Azevedo escreve sobre o caso de Appio e afirma que o TRF-4 não tinha em mãos uma prova, mas uma hipótese.

Óculos para multiplicar os espaços. Em Cupertino, na Califórnia (EUA), a Apple lançou na segunda (5) os óculos Vision Pro, que combinam realidade virtual e aumentada. Eles são grandes, como os óculos de esquiadores, têm bateria externa, e são equipados com telas e sensores de última geração que permitem a quem usa controlar o aparelho com os olhos e com as mãos.

Nas palavras de Tim Cook, CEO da Apple, o aparelho introduz a "computação espacial". Ao ambiente físico (uma sala, por exemplo) do mundo real, os óculos conseguem adicionar elementos gráficos do mundo virtual que podem ser telas de videoconferências, filmes etc. Detalhe: são imagens sensíveis ao toque. Tilt explica como funciona essa revolução, e também reúne cinco novidades do sistema operacional iOS 17, que aposenta iPhones mais antigos.

Duelo de fortalezas do tênis. Bia Haddad lutou por quatro horas para avançar às quartas de final em Roland Garros. Venceu de virada uma adversária furiosa, Sara Sorribes Tormo, representante da escola espanhola do saibro, a mesma de Rafael Nadal, que ensina a nunca se entregar antes do fim. Em cada lado da quadra, o público enxergava uma aula magna de resistência física e mental. Duas atletas com nervos de aço. Ao final, até o entrevistador tinha os olhos marejados. Bia deu uns gritos, riu, agradeceu, citou Djokovic e Guga nas respostas, depois fechou as bolsas Wilson e saiu deslizando da arena. Se chorou, de alegria, pouca gente viu.

Para o colunista Alexandre Cossenza, Bia soube sofrer. "No tênis, saber sofrer também é lidar com suas próprias falhas, sem desistir, sem deixar a cabeça entregar o jogo". A tenista de 27 anos descreveu o seu preparo e a evolução da força física junto à equipe multidisciplinar, e falou sobre colocar a energia no lugar certo. Nas duplas mistas, o gaúcho Rafael Matos e a paulista Luísa Stefani foram eliminados. O torneio segue até domingo.

Fonte: Uol

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