A fabricante e varejista de calçados Arezzo&Co e o Grupo Soma, de varejo de moda, selaram no final da noite deste domingo (4) a fusão das duas empresas. O controle da companhia será da Arezzo, que terá 54% do capital, enquanto o Soma fica com 46%. Os novos sócios estiveram reunidos durante mais de dez horas para acertar os detalhes do negócio, que será anunciado nesta segunda-feira (5).
A informação sobre o acerto da fusão foi antecipada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pela Folha. Está prevista para as 11h uma apresentação presencial para investidores, em um espaço na zona sul de São Paulo.
Arezzo e Soma juntas teriam uma receita líquida estimada em R$ 10,2 bilhões em 2023, conforme projeção feita pelo banco BTG, o que as colocaria logo atrás da Renner, atual líder do setor, com R$ 11,7 bilhões (o balanço do 4º trimestre das empresas de capital aberto ainda não foi divulgado). Em 2022, Arezzo e Soma registraram juntas R$ 9,1 bilhões de receita líquida.
Ambas as empresas já tinham divulgado um comunicado ao mercado no último dia 31, informando sobre as negociações para a fusão. Na ocasião, disseram que o atual CEO da Arezzo, Alexandre Birman, será o presidente da nova empresa, que terá Roberto Jatahy, atual presidente do Soma, como principal executivo da unidade de vestuário feminino. Essas definições se mantiveram na reunião deste domingo.
A Folha apurou ainda que Rony Meisler, ex-presidente do grupo Reserva, adquirido pela Arezzo em outubro de 2020, será o presidente da unidade de vestuário masculino.
Já o conselho de administração deve ser formado por sete membros: três de cada uma das empresas —além do presidente, um nome indicado pelas duas companhias.
Em termos de vendas brutas, ou faturamento, a nova empresa resultante da fusão chegaria a R$ 12,3 bilhões em 2023, prevê o BTG, o que ultrapassa o faturamento da gigante online asiática Shein no país, da ordem de R$ 10 bilhões no ano passado, aponta o banco.
Fonte: Folha