Os consumidores que pagam suas contas com o cartão de crédito ou de débito poderão, a partir de agora, ter melhores condições de negociações com os lojistas, em termos de descontos nos preços, prazo de pagamento e até de juros, no caso das contas parceladas. Atualmente, o consumidor chega a desembolsar, no mínimo, 1,4% a mais na hora de pagar produtos e serviços se ele utiliza o dinheiro de plástico, devido ao seu custo operacional. O cálculo é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) .
Mas, a partir de hoje, essa situação poderá mudar. Isso porque, com o fim do duopólio das empresas que operam no mercado (Redecard e Visanet – hoje Cielo), haverá mais concorrência no setor, reduzindo os custos operacionais dos lojistas, que chegam a pagar R$ 120,00 pelo aluguel mensal da máquinas de passar cartão, e taxa entre 3,5% e 5% sobre o valor da venda às administradoras dos cartões. Na Europa esse porcentual não chega a 2%.
A CNDL prevê que a taxa de desconto, paga pelos comerciantes às empresas credenciadoras de cartões, deve cair entre 30% e 35% em um ou dois anos, graças à maior concorrência no setor, a partir de hoje. É essa redução de custos que deverá ser repassada aos consumidores. "Já estamos fazendo um alerta aos lojistas para que, os que conseguirem redução dessa taxa, a repassem logo para o consumidor", afirma o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior.
LOJISTAS – Num primeiro momento, explica o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL), Agenor Braga Filho, os lojistas serão os maiores beneficiados com o fim do duopólio das empresas que operam os cartões de crédito. Isso porque nenhuma empresa terá mais de se fidelizar com alguma credenciadora em relação às bandeiras de cartão. Num segundo momento, no entanto, os lojistas vão repassar aos consumidores essas vantagens financeiras.