Michelle Rabelo
Comerciantes da avenida Bernardo Sayão fizeram uma manifestação em sinal de repúdio ao Projeto de Lei que discute a regularização da situação dos trabalhadores informais da Rua 44, nas imediações da Rodoviária, no Centro de Goiânia. O burburinho aconteceu na manhã desta segunda-feira (14/11) onde os manifestantes queimaram pneus e blocos de notas fiscais.
A Agência Municipal de Trânsito (AMT) foi chamada para organizar o fluxo. Segundo Clauter Luiz, supervisor da agência, a manifestação contou com cerca de 30 comerciantes e foi considerada pacífica.
De acordo com o projeto de lei, os chamados vendedores autônomos que se situam num raio de até 2.500 metros da Feira Hippie, passarão a ter um horário específico para trabalhar. Eles poderão abrir suas barracas, semanalmente, de segunda a sábado, das 19h às 00h, e de madrugada, entre 3 e 7h30.
João Machado, proprietário de uma loja de enxovais na Bernardo Sayão, trabalha há 19 anos na avenida e lamenta a queda das vendas, que segundo ele, aconteceu de maneira intensa há cerca de um ano com a criação das galerias na região próxima ao Terminal Rodoviário de Goiânia.
“Será uma Feira da Madrugada. É um incentivo para os comerciantes irregulares e um desrrespeito com quem paga impostos, um aluguel alto e folha de funcionários", afirma Carlos Morais, presidente da Associação Comercial e Industrial das Confecções da Bernardo Sayão.
A matéria, que tramita na Câmara de Goiânia, é de autoria do vereador Chalres Bento (PRTB) e foi dicutida pelos vereados na quinta-feira (10/11). O debate não resultou em definições e a votação definitiva foi marcada para o dia 17, às 15:30.
O adiamento aconteceu devido à necessidade de uma reunião entre os comerciantes e o prefeito Paulo Gracia, que acontecerá na quarta-feira (16/11), às 15h no Paço Municipal.