Bastidores: Estratégia de tramitação da reforma tributária gera dúvidas

O clima é de “armistício” entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Congresso em torno da proposta de reforma tributária, mas ainda há dúvidas sobre a estratégia de tramitação. Guedes pressiona pela aprovação inicial do projeto de unificação do PIS/Cofins, mas lideranças do Congresso consideram que é melhor incluí-lo nas duas propostas de emenda constitucional (PEC) de reforma tributária que já tramitam na Câmara e no Senado. As lideranças estão mapeando o que tem mais apoio e votos.

As críticas do setor de serviços à alíquota de 12% incluída na proposta do ministro Guedes ampliaram o impasse. As empresas temem que o projeto de Guedes seja aprovado, com aumento da carga do setor de serviços, e depois não haja ambiente para desoneração da folha. O setor desconfia de uma tramitação em separado do projeto que cria a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) e outro prometido pelo ministro para a desoneração da folha de pagamentos como forma de compensação da alíquota mais elevado. Os governadores já manifestaram posição em torno de uma proposta mais ampla. 

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