A rede de departamentos C&A Modas informou que não vai recorrer de recente condenação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A loja foi condenada pela 4ª Turma do TST a pagar R$ 100 mil de indenização por descumprir uma série de normas trabalhistas em lojas de três shoppings de Goiás.
Em nota, fundamentada no acórdão da decisão, publicada nesta semana, a empresa nega que a condenação tenha relação com situação análoga ao trabalho escravo, como divulgou o site do TST, onde ainda consta: “A C&A Modas foi condenada a pagar R$ 100 mil de indenização por descumprir uma série de normas trabalhistas, situação que, segundo o Ministério Público do Trabalho, reduziu seus empregados a condição análoga à de escravo em suas unidades em shoppings em Goiás”.
No sentido contrário, a rede divulgou: “Em respeito à opinião pública e, principalmente, aos nossos mais de 20 mil funcionários, a C&A enfatiza que nenhuma das decisões proferidas nos autos da ação teve como fundamento a ocorrência de trabalho análogo ao escravo dentro da empresa.”
OUTRO LADO
O procurador do MPT, autor da ação, Alpiniano do Prado Lopes, afirmou que, “em momento algum foi dito ou constou que a empresa reduziu seus empregados a condição análoga à de escravos, porque a fiscalização não constatou isto”. Segundo ele, a ação considera que, “se medidas como a condenação não fossem adotadas, no futuro, a condição dos trabalhadores da C&A poderia chegar à situação análoga à de escravidão.”