As centrais sindicais Força Sindical, CTB, CGTB, NCST e UGT vão realizar, em conjunto com o setor patronal, manifestações em vários pontos do País a favor do emprego e contra a desindustrialização.
Na sexta-feira, dia 10 de fevereiro, foi realizada uma reunião na Força Sindical para preparar os atos nos Estados.
Segundo Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical e presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, os atos serão realizados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Amazonas, no Nordeste, em São Paulo e em Brasília.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, orientou os sindicalistas a realizarem levantamentos de seus setores para saber o número de emprego, de demissões e quais empresas fecharam devido a entrada desenfreada de importações no Brasil.
As entidades também farão plenárias com seus associados para mobilizá-los para os atos. A primeira plenária aconteceu nesta segunda-feira (dia 13), na Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (Fetiasp), com a presença do Paulinho.
Neuza Barbosa, diretora da Fetiasp, considera a mobilização fundamental para trabalhadores de todos os setores. “Mesmo que no primeiro momento a indústria da alimentação não esteja sendo afetada temos de nos preparar. Vale lembrar que há alguns anos houve invasão de leite em pó argentino no Brasil. O importante é garantir os postos de trabalho com qualidade”, disse.
Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, e Sergio Marques, presidente do Sindicato dos Têxteis de SP, também estavam presentes à reunião. “Nosso setor”, disse Eunice, “foi um dos mais prejudicados com o aumento das importações e estamos atuando com os patrões para resolver o problema”.
Geraldino dos Santos, secretário de Relações Sindicais da Força Sindical, lembrou que é preciso aumentar a mobilização nos Estados e Marcos Antonio da Silva Bernúcio, vice-presidente da Força Sindical SP, alertou que é preciso preparar a logística do ato na Capital.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, declarou que serão feitos estudos técnicos sobre os 18 setores da economia com os sindicatos, federações e o Dieese.