Técnica foi rejeitada pelo plenário da entidade. Cirurgião criador do procedimento se diz ‘otimista’.
“Se eles entendem que isso só pode ser feito em ambiente universitário, então a gente só vai fazer em ambiente universitário”, afirmou Ludovico de Paula ao G1.
A cirurgia foi criada, segundo ele, para controlar a diabetes. Nela, além do grampeamento para redução do estômago, é feito um reposicionamento da parte final do intestino, chamada de íleo (daí o nome). Essa área controla a produção da insulina, o hormônio que controla a taxa de açúcar no sangue e, com isso, a diabetes.
Um pedaço de cerca de metro e meio do final do intestino é retirado e colocado entre a parte inicial (o duodeno) e a do meio (o jejuno). A ideia é que, colocado mais para o começo do sistema digestivo, o íleo aumente a produção de insulina. O apresentador Faustão passou pelo procedimento em julho de 2009.
O médico afirma que ainda não foi informado oficialmente pelo CFM sobre a decisão. No entanto, se diz “otimista” sobre a decisão.
“Lamento que não tenha sido aprovada, mas tenho uma visão otimista”, diz ele. “Estou otimista porque ela ainda pode ser realizada em universidades. O plenário achou que deveria ter prudência e eu parabenizo o CFM por isso”, afirmou o médico.
O CFM disse, em nota, que a técnica precisa de mais estudos. “Na avaliação da entidade, técnicas recentes – como a gastrectomia vertical com interposição de íleo – ainda precisam de mais estudos e pesquisas que comprovem sua eficácia e sua segurança para os pacientes para serem autorizadas”, afirma a entidade.