O ditado “depois da tempestade vem a bonança” se aplica perfeitamente ao astro sertanejoZezé Di Camargo (52). Ele, que teve uma separação conturbada após 30 anos de casamento com Zilu Godoi (56) e depois foi criticado por dar voz ao coração e assumir o namoro com a capixaba Graciele Lacerda (34), está finalmente saboreando momentos de paz e tranquilidade.
“Sinto que as coisas estão entrando nos eixos. Minha namorada está conhecendo a minha família aos poucos. Todos que a conhecem se apaixonam”, comenta ele, durante um dia especial com a mãe, dona Helena (69), em sua mansão, no residencialAlphaville, na Grande SP. “Meu filho está feliz e é isso o que toda mãe quer. Ela é uma menina muito simples e alegre”, emenda a matriarca da família Camargo.
Pai da cantora Wanessa (32), da atriz Camilla Camargo (28) e do DJ Igor (21), Zezé mora atualmente sozinho. As maiores companheiras do cantor quando está em casa são as cachorrinhas Mia e Mel, da raça Lulu da Pomerânia. Com 24 anos de carreira ao lado do irmão Luciano (42), Zezé não pensa em diminuir o ritmo de trabalho. A dupla está lançando o DVD Flores em Vida, irá gravar um trabalho no deserto do Atacama, no Chile, ainda este ano, além de virar enredo da Imperatriz Leopoldinense no carnaval 2016.
Como é a relação com sua mãe, dona Helena?
O grande trunfo da nossa família, que veio do nada, é exatamente a união. Sempre fomos um por todos e todos por um. Crescemos com essa filosofia de vida. Quando crianças, meu pai colocava eu e meus irmãos para comermos juntos no mesmo prato para aprendermos a dividir e crescermos unidos. Minha relação com meus pais está mais próxima ainda atualmente. Os anos estão passando e meu pai, por exemplo, ficou muito debilitado de três anos para cá. Minha mãe é muito forte, guerreira e de uma fé inabalável. Tenho a impressão de que meu pai é mais frágil que ela. Nossa relação é de muito carinho e respeito, tomo a bênção dela até hoje.
Qual ensinamento deles você aprendeu e passou aos filhos?
A humildade. Eles nunca tiveram um pingo de soberba.
Eles se mudaram desta casa. Como ficou a relação de vocês?
A gente está mais próximo. Quando você está no dia a dia dentro de casa, não vê necessidade de se falar toda hora. Às vezes, estávamos dentro da mesma casa e não trocávamos nenhuma palavra. Hoje, não. Igor mora com a noiva há cinco anos. Wanessa se casou e a Camilla tem um apartamento no Rio e, quando está em São Paulo, fica aqui em casa comigo, como agora, há três meses. Sou muito realizado em ver meus filhos encaminhados. Eles sempre foram disciplinados e trilharam um caminho bonito, com ideais de vida.
Gosta de morar aqui?
Quando entrei nesse condomínio, fiquei maravilhado. Comprei a primeira casa e nunca mais saí daqui, pois tem tranquilidade e segurança. Já dormi com a porta aberta sem perceber. Os
lugares que mais curto são a cozinha e o meu quarto. Tem televisão de led por todo canto, mas é na bem velhinha que sempre assisto.
Consegue curtir a casa?
Muito pouco. Moro há 12 anos nesta casa e devo ter entrado quatro vezes na piscina. A sauna nunca foi ligada. Mas adoro reunir amigos para uma boa violada.
Apresentar a Graciele para seus pais foi importante?
Muito. Hoje ela estava com meu pai e chorou por ter de ir embora. Minha mãe cobrava muito para eu apresentá-la, mas esperei a hora certa e meus filhos começarem a aceitar. Nunca cobrei nada deles. Se acontecer, ótimo; caso não, sem problemas. Isto é um processo natural, não adianta querer pular esta etapa. Já a apresentei também ao Igor. Para as filhas mulheres, é mais difícil… Para eles, a separação foi uma perda. Que filhos querem os pais separados? Graciele entende o espaço deles na minha vida. Se meus três filhos entenderem o relacionamento, quero que o resto se exploda. A demora em apresentar a Graciele para os meus pais foi para as coisas se acomodarem.
Como vai o namoro?
Muito bem. Ela tem dignidade, era tão pobre quanto eu em Goiânia. É uma menina diferenciada e muito compreensiva. Não é porque sou apaixonado que digo isso. Não sou mais menino. Tenho uma frase que ‘carrego’ comigo: ‘Vivo sofrendo, mas não vivo de joelhos.’ Gosto dela, mas se não sentisse reciprocidade viraria as costas e sairia fora. A pessoa que mais amo sou eu e depois vem a outra. E as três pessoas que eu amo depois de mim são meus filhos. Graciele viaja comigo para shows e sentir saudade é bom porque quando nos encontramos a chama está sempre incendiada.
Não quer tê-la a seu lado?
A gente está levando as coisas do jeito que achamos gostoso. Estamos nos curtindo. Nunca namorei na minha vida. Casei cedo e pulei várias etapas. Casar, não mais, mas morar junto vai acontecer de acordo com a necessidade de fazer isso. Estou muito feliz. Graciele é uma menina de bem e com o tempo todos vão entender do que estou falando.
Acha que um dia todos passarão o Natal juntos, atual e ex?
Já vi muitos ex-casais assim. Não vou dizer que acredito ou desacredito, mas espero que aconteça. Se não acontecer, não é por falta de empenho meu. É uma ferida que demora a cicatrizar. Mesmo separado, continuo tendo uma boa relação com a família da minha ex-mulher.