Comerciantes resistem a realizar investimentos e contratar funcionários

A intenção dos comerciantes de ampliar seus negócios, seja com investimentos na expansão de lojas, seja com a contratação de funcionários, nunca esteve tão baixa, segundo o IEC (Índice de Expansão do Comércio), novo indicador da FecomercioSP.

Divulgado pela primeira vez nesta terça-feira (25), o índice atingiu 67,2 pontos em agosto, seu menor patamar desde o início da série histórica, em março de 2011.

Trata-se do nono recuo mensal consecutivo e o pior deles, com queda de 9,1% em relação a julho. Quando a comparação é feita com agosto do ano passado, a redução é mais profunda, de 33,7%.

EXPANSÃO EM QUEDA – "Quando o indicador está próximo do ponto mais baixo, as quedas começam a ficar mais suaves. Mas não é o que está ocorrendo. Ou seja, ainda não chegamos ao fundo do poço", diz França.

O que hoje leva os empresários a rever as estratégias de investimento são fatores como redução do acesso ao financiamento, quedas de vendas e alta de juros e dos custos, como o de energia.

O IEC é apurado pela entidade com 600 empresários do comércio na região metropolitana de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, sendo menor a propensão de investir ou contratar mão de obra quanto mais próximo de zero estiver.

"O indicador reflete ajuste por parte das empresas e aponta tendência de manutenção no ritmo de demissões no comércio. Não há motivação para expandir os negócios. O momento é de cautela", afirma França.

Conforme a entidade, neste mês, 76,5% dos entrevistados disseram que estão investindo menos do que em agosto de 2014 e 68,6% deles responderam que pretendem reduzir o quadro de funcionários nos próximos meses.

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