Neste estudo, foram analisados os pisos salariais registrados em acordos e convenções coletivas de 635 unidades de negociação de 2009, com uma novidade: pela primeira vez foram analisados os reajustes dos pisos salariais.
A distribuição dos pisos salariais segundo os critérios usados para diferenciá-los em 2009 revela muita semelhança com a observada em 2008 para as mesmas 635 unidades de negociação.
Em 2009, aproximadamente 96% das unidades de negociação consideradas conquistaram pelo menos a reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base, com base no INPC-IBGE. E cerca de 93% das unidades de negociação consideradas conquistaram aumentos reais para os pisos em 2009.
O setor com os melhores resultados é o rural, onde cerca de 97% dos pisos apresentaram aumento real em 2009. Não foram constatados reajustes abaixo do INPC-IBGE em nenhuma negociação.
Embora com resultados mais favoráveis e com a maior proporção de aumentos reais acima de 10%, a indústria é o setor em que se observa a maior perda salarial do valor do salário de ingresso, um piso cuja perda localiza-se na faixa entre 6,01% a 7% abaixo do INPC-IBGE.
No comércio, observa-se maior concentração dos reajustes nas faixas de aumento real da ordem de 2,01% a 6% acima do INPC-IBGE, em especial na faixa de 5,01% a 6%, que corresponde à faixa do ganho real do salário mínimo oficial.
Nos serviços, não só há maior incidência de reajustes abaixo da variação do INPC-IBGE, como também se observa a maior proporção de reajustes iguais ao índice e com aumentos reais de até 2% entre os setores analisados.
Em termos da localização geográfica, os maiores pisos salariais analisados são os acordados pelas negociações realizadas na região Sudeste (R$ 2.356,50) e Nordeste (R$ 2.247,00) do país.
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