COMÉRCIO GOIANO ESPERA VENDER 6% A MAIS NO NATAL 2011

A Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomercio-GO) divulgou hoje, durante entrevista coletiva à imprensa, os resultados do mês de outubro das pesquisas de Intenção do Consumo das Famílias e Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que apontam para uma melhoria geral dos índices com relação ao mês de setembro.  

 
 
De acordo com o presidente da Fecomercio-GO, José Evaristo dos Santos, os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) servem de referência para que os lojistas avaliem a análise de crédito que terão a fazer, a partir do nível de endividamento dos consumidores que deve fechar o mês de outubro em torno de 45,6%. Deste total, no entanto, apenas 6% das famílias pesquisadas disseram não ter como quitar suas dívidas e 16,4% estão com contas em atraso. 
 
Por isso mesmo, o presidente da Fecomercio acredita que o quadro ainda não é preocupante.
 
De acordo com o tipo de dívida, o cartão de crédito lidera com 68,7% dos entrevistados admitindo ter este tipo de compromisso a cumprir. Outros 37,8% possuem dívidas com carnês das lojas. O presidente José Evaristo dos Santos observa que este resultado vem demonstrar como o cartão de crédito e também o cartão de débito vêm tomando o espaço do cheque como forma de pagamento.
 
O primeiro, para compras a prazo, e o segundo, à vista, mas de forma mais instantânea. Considera que, apesar dos lojistas muitas vezes serem ‘penalizados’ pelas operadoras de cartão em virtude das altas taxas cobradas,  os empresários estão aos poucos
optando por esta forma de recebimento.
 
Um outro dado interessante do estudo foi o de que muitos destes consumidores estão com dívidas relacionadas à aquisição de casa própria ou veículos, o que já pode ser um reflexo da melhoria das condições de empregabilidade.  Do total pesquisado, 46,5% disseram estar comprometidos com suas dívidas por mais de um ano. Sendo que, 43,8% destes estão numa faixa salarial abaixo dos 10 salários mínimos e 66,7% acima.

ICF


Com relação à Intenção do Consumo das Famílias (ICF),  os consumidores goianienses mostraram-se mais dispostos a comprar, em comparação ao mês de setembro. A maioria dos itens avaliados, como emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, perspectiva de consumo mostraram melhora, visto que os dados não eram positivos no mês passado.
 
Apenas o nível de consumo atual e momento para duráveis  apresentaram variação ainda dentro dos parâmetros negativos.

O presidente José Evaristo dos Santos avalia que houve uma desaceleração do consumo, em virtude de várias medidas tomadas pelo governo federal no primeiro semestre deste ano, mas que o quadro começa a sofrer uma reversão com as últimas decisões que provocaram mudanças no IOF e reduções nas taxas de juros.

 
Desta forma, os empresários ainda mantêm seu otimismo para o final do ano,  esperando que as vendas possam atingir de 5% a 6% de crescimento em relação a 2010. Estes números são bons, avalia, já que estamos comparando com um ano cujo crescimento foi significativo

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