Confiança do comércio atinge maior nível desde junho de 2015

A confiança dos empresários do comércio aumentou de abril para maio e atingiu o maior nível desde junho de 2015, segundo aponta pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada nesta quarta-feira (25). O indicador avançou 4,3 pontos em maio de 2016, para 70,9 pontos.

Em maio, a maioria dos segmentos do comércio mostrou números positivos. A única queda foi registrada no segmento de revendedores de veículos.

O Índice da Situação Atual (ISA-COM), que retrata a percepção dos empresários em relação ao momento atual e é usado no cálculo do índice geral de confiança, subiu 2,7 pontos, para 62,5 pontos.

“Dada a evolução desfavorável deste indicador nos meses anteriores, no entanto, o resultado foi insuficiente para alterar a tendência de queda do indicador de médias trimestrais, que recuou 0,3 ponto no mês”, afirma a FGV.

O Índice de Expectativas (IE-COM), que também entra no cálculo do indicador geral, subiu 5,5 pontos em maio, chegando a 80,3 pontos, o maior valor desde maio do ano passado. O que mais contribuiu para a alta do IE-COM foi o item que mede o grau de otimismo com a evolução das vendas nos três meses seguintes, que cresceu 5,8 pontos, atingindo 79,9 pontos.

“A alta mais expressiva do Índice de Confiança do Comércio em maio capta a redução do pessimismo no setor, mas ainda deve ser interpretada com alguma cautela. Primeiro, porque o nível da confiança ainda está muito baixo. Segundo, porque a alta do índice em 2016 tem ocorrido em função de uma leitura gradualmente mais favorável em relação às chances de melhora do ambiente econômico nos meses seguintes do que devido a uma efetiva melhora das vendas ou da lucratividade no presente”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, em nota.

Construção
A FGV também divulgou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 2,1 pontos em maio de 2016, atingindo 69,1 pontos, o maior desde dezembro de 2015.

“Em maio, o aumento da confiança mostrou-se mais robusto e disseminado no setor. Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados, enfim, em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE”, em nota.

 

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