Cuidado com as “notas rosas”

BC e CMN decidiram que estas notas não têm validade e quem as receber não será ressarcido

 
 

 Quem receber uma nota com manchas rosas, devido ao mecanismo antifurto usado em caixas eletrônicos, poderá ser investigado pelas autoridades policiais, além de não ser ressarcido, determinaram ontem o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC).

O objetivo, disse o diretor de Administração do BC, Altamir Lopes, é evitar que as pessoas aceitem notas com essas características: "A população deve ficar bastante atenta para as manchas de coloração rosa que venham a descaracterizar as notas."

Nos últimos meses, houve aumento nos assaltos com explosivos a caixas eletrônicos, principalmente terminais 24 horas. Por isso os bancos criaram um mecanismo que libera tinta rosa assim que o caixa é atingido, manchando as notas.

A mais importante é a que determina que essas notas perdem a validade e quem as receber não será ressarcido. O BC orienta que o cidadão entregue as notas ao banco, apresentando CPF, documento de identidade com foto e endereço para ser achado pelas autoridades.

Lopes disse que isso é importante porque, eventualmente, a nota pode valer se as manchas forem de outra natureza. Nesse caso, a pessoa seria reembolsada. Ele ressaltou, porém, que se a mancha for mesmo por mecanismo antifurto, a pessoa pode ser investigada pelas autoridades policiais.

Quem sacar notas manchadas de um caixa eletrônico deverá, dentro do horário bancário, tirar um extrato comprovando a retirada e procurar o gerente da agência. Fora desse horário, deve-se fazer um boletim de ocorrência (BO) e, no dia útil seguinte, procurar o banco. Nestes casos, haverá ressarcimento.

Nos últimos dois meses, 50% dos assaltos a caixas eletrônicos foram bem-sucedidos, colocando em circulação 75 mil notas manchadas. O BC não divulgou o valor nominal desse volume.

Os bancos que receberem notas manchadas terão de enviá-las ao BC. Lopes disse ainda que serão criados outros mecanismos antifurto para a população com deficiência visual. Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não comentou o assunto. (Agência Globo)

 

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