O Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Goiás acatou, na noite de segunda-feira, O Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Goiás acatou, na noite de segunda-feira, pedido do desembargador Júlio César Cardoso de Brito para que ele fosse afastado provisoriamente dos cargos de vice-presidente e corregedor-geral do TRT. O POPULAR revelou com exclusividade que interceptações telefônicas da Polícia Federal (PF) mostravam ligações entre o magistrado e membros da organização criminosa chefiada por Carlos Augusto de Almeida Ramos.
Com a iniciativa do desembargador, o Tribunal Pleno deixou de julgar pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) que queria o afastamento de Júlio César dos cargos. O MPF também pediu, no dia 19 de abril, uma investigação acerca das acusações. O MPT protocolou ainda no Conselho Nacional de Justiça representação para abertura de procedimento administrativo, que ainda não foi apreciado.
O desembargador não foi encontrado, no celular, para falar sobre o afastamento. Mas, ao apresentar as razões de seu pedido ao Tribunal Pleno, o magistrado afirmou que o fazia para preservar a instituição, garantindo estar convicto de que não praticou qualquer falha ética e que jamais atuou de forma indigna ou que ofendesse qualquer princípio da magistratura. Com o afastamento das funções dos cargos administrativos, o magistrado solicitou o retorno à atividade judicante da 1ª Turma de Julgamento. Assume a vice-presidência e corregedoria o decano do tribunal, desembargador Platon Teixeira Filho.