Drama continua nas agências do INSS

Após uma hora de reunião, lideranças do comando nacional da greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e representantes do Ministério do Planejamento não fecharam acordo sobre o fim da greve. Um novo encontro está marcado para hoje, 68 dias após o início da paralisação. Enquanto isso, muitos segurados goianienses continuam procurando, em vão, as agências na Região Metropolitana.

Embora com agendamento prévio, as situações mais comuns eram de segurados que não conseguiam passar pela perícia médica para avaliação da prorrogação do benefício do auxílio-doença ou dar entrada na aposentadoria. A reportagem percorreu quatro agências, sendo que três trabalhavam parcialmente enquanto outra, localizada na Rua 231, no Setor Coimbra, estava fechada.

Chama a atenção o curioso caso do aposentado Jaime Diniz do Prado, de 64 anos, que foi até uma agência para provar que está vivo. Na última sexta-feira, ele recebeu um documento do instituto no qual apontava o cancelamento do benefício pelo motivo 13: óbito do titular.

Ele e sua filha, a assessora de modas Kátia Diniz do Prado, contam que foram à agência da Rua 220 do Setor Coimbra, onde foram orientados a procurar o posto da Rua 231, no mesmo bairro. Entretanto, encontraram os portões fechados. “Eu sabia que os funcionários estão em greve, mas arrisquei vir com meu pai para tentar resolver”, diz.

Imbróglio

No mesmo local, a aposentada Sônia Machado buscava entender outro imbróglio. Conforme ela, uma atendente da central de atendimento do INSS, do telefone 135, informou que ela deveria ir até a agência para levar um documento que faltava para a prorrogação do auxílio-doença. “Eu liguei exatamente para saber se seria atendida, já que estava agendada. Eles informaram que sim, mas me direcionaram para uma agência que está fechada”, explica.

Com agendamento marcado para as 14 horas numa agência, Gesmar Silva Júnior afirma que, por precaução, chegou ao local às 12 horas. Foi encaminhado para o piso superior, onde imaginou que seria atendido por um médico. Somente quatro horas depois foi informado que o profissional não havia comparecido ao trabalho. “Já estava marcado há um mês. Me sinto humilhado. Agora, não sei quando vou receber e as contas estão acumulando”, diz. O valor do seu do benefício é de R$ 1,2 mil.

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