Na última terça-feira (4), durante a 11° Sessão Ordinária de 2017, na Câmara de Vereadores de Catalão, a Frente Sindical Contra as Reformas fez o uso da tribuna popular para alertar a sociedade catalana sobre os ataques que a classe trabalhadora está sofrendo no governo Michel Temer. As Reformas da Previdência (PEC 287/16) e Trabalhista (PL 6.787/16), propostas pelo governo federal, representam o desmonte aos direitos dos trabalhadores.
Em nome da Frente Sindical, discursaram na tribuna o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), Thiago Cândido; o secretário geral do Sindicato dos Comerciários de Catalão (SindCom), Dênis Alexandre; e a liderança do Movimento Camponês Popular (MCP), Lidiane Teodoro. O representante do SIMECAT apresentou o trabalho desenvolvido pela Frente, que tem a proposta de promover o debate, unificar a luta e ir para o enfrentamento. Além das reformas, ele alertou que o projeto da Terceirização (PL 4302/98), aprovado pela Câmara Federal e sancionado pelo presidente Temer recentemente, tem o objetivo de precarizar ainda mais a vida do trabalhador.
Sobre a Reforma da Previdência, o secretário do SindCom considerou absurda e desumana a proposta como está colocada. Para ele, não pode ser considerada reforma, pois quando se reforma é para melhorar, e não é este o caso. “A tentativa é de subtrair direitos conquistados a duras penas”, reforça Dênis. Já a liderança do MCP explicou que os trabalhadores do campo, e principalmente as mulheres, serão os mais prejudicados. Se a reforma for aprovada, as regras para aposentadoria serão as mesmas para trabalhadores do campo e da cidade, perdendo assim o atual regime especial para quem é camponês.
Os representantes da Frente cobraram do legislativo catalano uma postura favorável aos trabalhadores brasileiros. Os vereadores presentes demonstraram apoio à luta da Frente Sindical e se mostraram solidários à causa. Os vereadores Rodrigão, Sousa Filho e Marcelo Mendonça sugeriram que a Casa se posicione oficialmente através de uma moção de repúdio. Uma audiência pública para debater o tema também foi sugerida por Mendonça. O vereador Rodrigão, que também é diretor do SIMECAT, ressaltou a necessidade de a Casa ter uma postura em defesa da classe trabalhadora. “Os direitos dos trabalhadores e a CLT estão morrendo!”, enfatizou.
Além de explicar sobre os ataques que estão em curso contra a classe trabalhadora, os integrantes da Frente reforçaram o convite para que a população participe, efetivamente, da Greve Geral marcada para o dia 28 de abril em todo o País. Os movimentos sindical e social de Catalão são terminantemente contra as reformas, portanto, as categorias vão se mobilizar e participar da luta nacional. Com os três projetos em vigor (Previdência, Trabalhista e Terceirização) o ambiente será favorável ao empresariado e permitirá que o trabalhador brasileiro seja vendido como uma mercadoria barata
A Frente
A Frente Sindical Contra as Reformas foi lançada dia 31 de janeiro, em Catalão. Atualmente, fazem parte do coletivo: Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), Sindicato dos Comerciários de Catalão (SindCom), Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Catalão (SindTransporte), Sindicato Metabase, Sindicato dos Motoristas Cegonheiros de Goiás (SMCEG), a Federação dos Metalúrgicos de Goiás (FEM-GO), Federação dos Trabalhadores Químicos do Centro-Oeste (FEQUIM), Força Sindical Goiás, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Associação dos Docentes do Campus Catalão (ADCAC/UFG), Movimento Camponês Popular (MCP) e a Associação dos Aposentados de Catalão (Assapec).