IBGE: Goiás terá pesquisa de emprego

 A partir do ano que vem, Goiás vai passar a integrar as áreas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para divulgação de informações mensais sobre indicadores de emprego, desemprego e renda. Será a Pnad Contínua, a nova versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – uma das principais fontes do perfil socioeconômico brasileiro. A mudança permitirá uma coleta de dados mais abrangente, porque além dos dados da atual Pnad, vai incluir também a Pesquisa Mensal do Emprego (PME).

Pela Pnad Contínua, todas as regiões metropolitanas, capitais e Estados passam a ter cobertura mensal de dados básicos sobre o mercado de trabalho. Hoje, a PME é feita apenas em seis regiões metropolitanas do País: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A divulgação de dados regionais era uma cobrança antiga e já havia sido anunciada por gestores anteriores, mas nunca fora cumprida.

Os dados começaram a ser coletados em janeiro deste ano em todo o País. Em Goiás, 50% dos municípios fazem parte da amostra, incluindo os que compõem a Grande Goiânia e os do entorno do Distrito Federal. Além dos dados mensais, trimestralmente, serão divulgadas informações mais amplas sobre os indicadores e, a cada ano, outras complementares, panorama sobre o trabalho infantil, educação e migração.

A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, esteve em Goiânia ontem para a posse do novo superintendente da unidade regional do instituto, Edson Roberto Vieira, e falou sobre as mudanças ao POPULAR. “Essa ampliação da pesquisa é uma necessidade que temos de responder para a sociedade sobre temas novos e importantes, como uso da tecnologia da informação e a educação profissional. Os técnicos vão estar em campo todos os dias”, afirma.

DETALHES

A presidente do IBGE destaca alguns temas importantes para a compreensão dos hábitos da sociedade e que farão parte da Pnad Contínua. Um deles é a forma como os brasileiros fazem uso do tempo: quantas horas as pessoas dormem, quanto trabalham, quanto tempo dedicam aos estudos, ao lazer, à internet. Também será possível saber quanto o trabalho doméstico pesa na vida das pessoas e quem são esses protagonistas.

Aspectos da qualidade de vida e das condições da população que não estão sistematizados também serão conhecidos, como, por exemplo, o tempo dedicado aos idosos e doentes. “Aqueles que não são tratados pelo sistema de saúde (particular ou público) estão sendo tratados pelas famílias. Vamos saber qual o real custo desse trabalho fora do sistema”, explica Wasmália Bivar. Da mesma forma, serão levantadas informações sobre as redes de contatos dos cidadãos, como a família, grupos de amigos, as associações comunitárias.

DESPEDIDA

O até então superintendente do IBGE Goiás, Daniel Ribeiro de Oliveira, se despediu ontem do cargo para passar o posto ao colega Edson Vieira, mas não pretende sair de imediato da unidade. Há 38 anos como servidor do instituto e há 19 anos como superintendente, Daniel afirma que ficará num primeiro momento apoiando Edson na transição das funções.

Lembrando sua trajetória iniciada ainda na década de 70, ele conta que presenciou todas as grandes mudanças do IBGE no Estado, desde a mudança no regime de gestão (de autarquia para fundação) até a recente e total informatização do órgão. “Eu cresci junto com o próprio IBGE e consegui acompanhar as mudanças ao longo do tempo.”

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