O Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg) está apurando a real situação da Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO) diante de informações e denúncias que chegaram à entidade sobre um surto de contaminação do novo coronavírus no local. Permissionários têm relatado que há muitos trabalhadores infectados.
“O local, conforme nosso banco de dados, tem hoje 200 empresas que somadas reúnem cerca de mil empregados trabalhando com carteira assinada”, relata o presidente do Seceg, Eduardo Amorim. Na manhã desta segunda-feira (8) foram enviados técnicos ao local para colher informações nos boxes. O sindicato também pediu à direção da Ceasa dados sobre as providências em andamento.
No ofício, o Seceg se coloca à disposição para ajudar na orientação e controle da doença e para evitar a disseminação do vírus. Eduardo Amorim ressalta que é preciso evitar o fechamento da Ceasa, hoje considerada a quarta maior Central de Abastecimento do Brasil.
A Central de Fiscalização da Prefeitura de Goiânia realizou uma ação na Ceasa na sexta-feira (5) para verificar o cumprimento de medidas sanitárias e efetuou 14 notificações.
Na sexta-feira, a Ceasa-GO informou que todos os protocolos sanitários, determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde (SES), estariam sendo rigorosamente cumpridos para garantir a segurança de trabalhadores, permissionários, concessionários e eventuais visitantes. Segundo o órgão, foram implementadas 35 ações de enfrentamento ao coronavírus, como a instalação de pias para higienização das mãos e a distribuição de 7 mil máscaras e 3 mil sabonetes. Conforme a Central de Abastecimento, semanalmente há a desinfecção das vias internas e galpões com solução de hipoclorito de sódio.
Conforme a Ceasa-GO até sexta-feira (5) havia no local 17 casos confirmados de Covid-19 e outros quatro em averiguação, mas permissionários afirmam que os números são bem maiores.