Federação dos Trabalhadores no Comércio - Goiás - Tocantins

Justiça homologa plano de recuperação da rede de supermercados Marcos

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Justiça homologa plano de recuperação da rede de supermercados Marcos

 
Lúcia Monteiro – O Popular

O plano de recuperação judicial do Grupo Marcos, aprovado na assembléia de credores realizada no dia 25 de outubro último, foi homologado nesta quinta-feira (04) pela Justiça. Pelo plano, os trabalhadores receberão seus créditos nos 12 primeiros meses do processo de recuperação. A partir de agora, alguns pontos comerciais do Marcos serão vendidos para outras redes. Lojas que encontram-se fechadas atualmente podem ser reabertas.

O pedido de recuperação judicial da empresa foi protocolado na Justiça goiana no dia 10 de outubro do ano passado, visando reequilibrar os custos operacionais e garantir a sobrevivência do negócio. Na época, a empresa fechou cinco lojas e demitiu cerca de 500 trabalhadores. O grupo é formado pelas empresas Mercantil Alimentos, Santa Cruz Importação e Comércio e PPS Indústria e Comércio.

O pedido foi homologado pelo juiz Carlos Luiz Damacena, da 11ª Vara Cível. No plano, a empresa se propõe a pagar as dívidas trabalhistas e, com os demais credores, parceladas em 20 anos, com 24 meses de carência. O valor total da dívida é de cerca de R$ 85 milhões.

O administrador judicial da Rede Marcos, advogado Mauracy Andrade de Freitas, explica que as dívidas trabalhistas (R$ 2,3 milhões) serão pagas neste primeiro ano, como determina a Lei de Recuperação de Empresas. A prioridade, segundo ele, é colocar em dia os vencimentos dos funcionários que continuam trabalhando no grupo. Os demais, que já foram demitidos, receberão seus créditos em até 12 meses. Estes trabalhadores já habilitaram seus créditos com o administrador judicial e serão chamados.

Pontos comerciais
Mauracy explica que uma hipótese para os credores receberem mais rápido será através da venda de fundos de comércio, onde alguns pontos comerciais do grupo serão vendidos para outras redes supermercadistas, gerando capital de giro para que a empresa possa voltar a funcionar melhor. Com a venda, 50% do valor arrecadado será usado para antecipar o pagamento dos credores, através de leilão reverso, onde quem der o maior desconto, receberá primeiro.

O administrador judicial afirma que o leilão deve acontecer o mais breve possível, diante da necessidade de fluxo de caixa para garantir o próprio andamento do plano de recuperação. Mas ele alega que ainda não foram definidos quais pontos devem ser vendidos. O advogado admitiu que alguns pontos podem ser reabertos ao longo do processo de recuperação, mas também não informou quais seriam eles.

Porém, informações apuradas pelo POPULAR dão conta de que a loja do Setor Serrinha deve ser reaberta já na segunda semana do próximo mês de dezembro, o que não foi confirmado pelo advogado. Hoje, quatro pontos de venda do Marcos continuam abertos em Goiânia: da Rua 90, Castelo Branco, Setor Pedro Ludovico e Setor Fama.

Mauracy informa que foram excluídos os credores com garantia real, ou seja, os bancos, que foram beneficiados com uma modificação do plano em assembléia. Segundo ele, foi feito um aditivo, onde os bens dados em garantia aos bancos serão entregues a eles para o pagamento.

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