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Mesmo com rendimento menor, “nova poupança” ainda vence CDB e Tesouro Direto no curto prazo

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Mesmo com rendimento menor, “nova poupança” ainda vence CDB e Tesouro Direto no curto prazo

 

 

Dinheiro rende mais independentemente do valor e com juros abaixo de 9% ao ano

 

 Mesmo com a mudança na forma de rendimento, as cadernetas de poupança são mais vantajosas e fazem seu dinheiro render mais que os títulos dos bancos, como os CDBs, os títulos públicos do Tesouro Direto e os fundos de renda fixa, se você estiver planejando resgatar o dinheiro dentro de seis meses, ou seja, no curto prazo. 

Essa regra vale para investimentos de qualquer valor e para a taxa básica de juros abaixo de 9% ao ano — patamar atual da Selic. As cadernetas de poupança não cobram IR (Imposto de Renda) nem taxa de administração, o que explica a vantagem sobre suas aplicações concorrentes em períodos curtos.

Nos seis primeiros meses de aplicação, os bancos cobram 22,5% de IR sobre o ganho nos fundos de renda fixa e esse percentual cai gradualmente com o tempo. 

A pedido do R7, o professor de finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas) Samy Dana elaborou uma calculadora financeira que mostra quando compensa aplicar na poupança, em fundos de renda fixa, nos CDBs e nos papéis do Tesouro Direto. A poupança antiga quase sempre leva vantagem (simule na calculadora abaixo). 

— Se a taxa básica de juros ficar acima de 8,25% ao ano, os investimentos no Tesouro Direto, que é a renda fixa do governo, ainda são melhores nos prazos mais longos. Abaixo de 8,25% ao ano e até 5,5% ao ano, a poupança é melhor para investimentos até seis meses porque até neste período você paga a maior alíquota de IR [nos fundos]. 
 

Uma simulação feita pela reportagem do R7 mostra que uma aplicação de R$ 10 mil na poupança, na situação atual da Selic em 9% ao ano, renderia em um mês R$ 52. No entanto, se a taxa básica de juros recuar para 8,5%, esse mesmo investimento de R$ 10 mil renderia, ao final de um mês, R$ 49,75 na nova poupança, já atrelada à taxa básica de juros. 



O vice-presidente da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, afirma que a poupança, grosso modo, ainda é a melhor opção que um fundo por causa das taxas de administração pelos bancos por estas aplicações. 



— De qualquer forma, o investidor tem que saber no seu banco qual a taxa de administração para aplicar este dinheiro em um fundo de renda fixa. Caso a taxa de administração seja superior a 1,5% ao ano, o melhor vai ser a poupança. Agora caso seja inferior, pode colocar em um fundo. 



No início de maio, o governo mudou o rendimento da poupança para abrir espaço para novas diminuições da taxa básica de juros (Selic) — atualmente em 9% ao ano. 



Até o nível de 8,5%, o rendimento da poupança fica como está agora, em 6% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Quando a taxa básica de juros ficar abaixo disso, o rendimento será calculado com base em 70% da Selic mais TR.



*Colaborou Amanda Mont’Alvão, do R7

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