Estimativa obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo indica que o orçamento do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), responsável pelo pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial deve apresentar um rombo maior do que o esperado, com a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo que permite ao governo federal realocar de forma livre 30% das verbas do orçamento.
Os números indicam que o FAT ficará no vermelho em R$ 8,7 bilhões neste ano, R$ 17,3 bilhões em 2017 e R$ 20,7 bilhões em 2018. A previsão inicial era de R$ 28,1 bilhões de rombo para os três anos.
A explicação é que o rombo deve crescer porque as receitas do FAT vêm do pagamento do PIS e do Pasep, sendo que agora, o governo poderá retirar 30% para utilizar livremente. Na tentativa de cobrir o rombo, o Tesouro Nacional faz um aporte de recursos no FAT para garantir que os pagamentos sejam realizados. Em 2013, esse fato não ocorreu e com isso, foi necessário apelar para R$ 5,5 bilhões do patrimônio do fundo.
Abono salarial e seguro-desemprego são as principais despesas do fundo. A previsão é que em 2016, o pagamento dos benefícios deve ficar em R$ 55,5 bilhões. Em 2015, R$ 48 bilhões foram desembolsados.