Com o fim do ano chegando, um dos assuntos mais comentados no universo da economia tem sido o reajuste do salário mínimo para 2022. Ao que tudo indica, a alteração será feita apenas considerando a inflação.
Para isso, o cálculo é feito de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo as últimas informações do Ministério da Economia, a estimativa é de um aumento de 8,4%.
Reajuste do salário mínimo 2022 pela inflação
As últimas atualizações do piso salarial consideraram apenas a inflação, não havendo ganho real. Ou seja, na mudança de valores não foi acrescido nada além do inflacionado. O mesmo está previsto para acontecer no próximo ano.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100,00 e, para 2022, deve ter alta de 8,4%. Isso indica uma atualização de R$ 92,40, totalizando em R$ 1.192,40. Essa alteração também irá incidir sobre:
Aposentadoria do INSS, cujo teto pode subir de R$ 6.433,57 para R$ 6.973,99;
Abono salarial PIS/Pasep, cujo piso deve passar a ser de R$ 99,37 e o teto de R$ 1.192,40;
Seguro-desemprego, cuja maior parcela pode chegar a R$ 2.069,72.
No entanto, o salário mínimo de 2022 só será confirmado em janeiro. Para concretizar a quantia a ser paga no piso, é necessário esperar até o fim de 2021 para ter certeza do percentual da inflação neste ano.
Último ganho real foi em 2019
O objetivo ao reajustar o salário mínimo é fazer com que o mesmo aumento dos produtos e serviços seja imputado nas remunerações. Dessa forma, os trabalhadores conseguem, teoricamente, manter o mesmo padrão de vida.
Nos últimos dois anos, essa mudança levou em conta apenas a inflação. O último ganho real (aumento acima da inflação) no piso salarial foi dado de 2018 para 2019, ainda no governo Temer.
Já na gestão Bolsonaro, de 2019 para 2020, foi utilizado apenas o IPCA. Para 2021, o cálculo seguiu a mesma lógica. De acordo com o governo, por causa da pandemia, foi necessário reduzir os gastos.