Além do Natal, a Páscoa é uma das datas que mais estimula a contratação de trabalhadores temporários. Esse ano não será diferente, o comércio e fábricas de ovos de chocolate abriram 1.680 vagas provisórias para todo o Estado. No entanto, o número é 20% inferior ao do mesmo período do ano passado, segundo o Sindicato dos Empregados no Comércio em Goiás (Seceg).
De acordo com o presidente da entidade, Eduardo Amorim, a redução dos empregos é ocasionada pelo aumento significativo na contratação de temporários no final de 2015. “Nós temos um cenário que começou no final do ano passado e vem a desaguar agora na Páscoa, visto que muitas empresas visaram substituir seus funcionários nesse período”, afirma.
Ainda segundo ele, houve uma redução na possibilidade de ganho, onde o comércio reduziu a faixa salarial para R$ 1.090 e resolveu enxugar os quadros. “Uma empresa que contava com quatro funcionários, por exemplo, reduziu esse número pela metade com salários menores”, completa.
Chance
Para quem busca uma chance para se recolocar no mercado, as vagas estão distribuídas nas lojas de chocolates, que fazem parte de franquias nacionais, em supermercados e empresas com fabricação própria de ovos de Páscoa. A maioria das oportunidades ofertadas é para vendedor, estoquista, empacotador, promotor de vendas e auxiliar de produção.
A fábrica de chocolates Di Anju pretende abrir 23 vagas para promotor de vendas e auxiliar de produção a partir de 1º de fevereiro. O proprietário da empresa, Divino Leite, diz que esse ano irá investir na abordagem dos clientes. “Vou contratar menos na fábrica e darei mais oportunidade para os promotores, onde terão maior influência sobre o consumidor, trabalhando técnicas de abordagem mais eficazes”, explica.
A Nestlé e a Garoto também estão contratando temporários em Goiás. Serão geradas pelo menos 95 vagas no Estado para promotores de vendas.
Efetivação
Segundo Eduardo Amorim, a expectativa de efetivação nesse período é de 30% das vagas oferecidas. Ainda segundo ele, vários estabelecimentos procuraram o Seceg recentemente na tentativa de reduzir o salário dos temporários para que houvesse a efetivação, mantendo o quadro de funcionários. “Isso vai completamente contra as condições que o sindicato criou para amparar o trabalhador”, certifica.