Setor de serviços lidera geração de vagas de emprego em Goiás

Goiás foi o sétimo Estado brasileiro que mais criou empregos formais no último mês de fevereiro. Foram abertas 5.997 novas vagas no Estado, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O setor de serviços liderou a abertura de postos de trabalho, com saldo positivo de 4.022 empregos no mês. Mas o resultado poderia ter sido ainda melhor, se não fosse a falta de mão de obra qualificada para preencher as vagas disponíveis.

O número de postos de trabalho criados em fevereiro foi 16,7% maior que no mesmo período do ano passado, apesar de ainda ter ficado abaixo dos 6.849 empregos gerados no mesmo mês de 2017. Mas o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Filet, alerta que mais trabalhadores poderiam ter sido contratados se não fosse a barreira da falta de qualificação. “Temos recebido reclamações de muitas empresas que não conseguem preencher as vagas abertas”, destaca.

Rubens Filet, que atua no ramo da tecnologia, conta que ele mesmo abriu 25 vagas recentemente e só conseguiu preencher quatro delas. Segundo ele, as empresas estão mais confiantes e preparadas para atender demandas que surgem por seus produtos e serviços, mas enfrentam este problema, principalmente em áreas de maior qualificação, como tecnologia, indústria, recursos humanos e outras. “Já estamos preparando projetos para ajudar nossos associados neste sentido”, anuncia.

A opinião de Filet é compartilhada pela especialista em Gestão Empresarial e Atendimento da Spia Consultoria, Fernanda Fleury. Segundo ela, hoje as empresas estão mais confiantes para contratar, mas ficaram mais seletivas e exigem maior proatividade por parte dos funcionários, além de outros conhecimentos, como informática. Segundo ela, a tendência hoje é buscar uma mão de obra especializada em áreas como financeiro, administrativo e finanças, ou seja, investir nas pessoas certas para obter melhores resultados. “As empresas buscam pessoas que querem ir além e crescer, se engajando no projeto da empresa e fazendo mais do que está no contrato. “Oportunidades existem e com bons salários, mas muita gente só quer um emprego para se manter e não investe na formação”, diz.

A experiência como profissional de eventos ajudou Nayane Bandeira a conquistar uma vaga como analista de Marketing, no último mês de fevereiro, no shopping Estação da Moda. “Trabalhava por conta própria e resolvi voltar para o mercado de trabalho porque vi uma boa oportunidade e alinhamos nossas expectativas”, justifica. Ela acredita que o mercado já esteja dando alguns sinais de melhora nas contratações.

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