São 35,5 mil goianos que ainda não sacaram o PIS-Pasep, segundo a Caixa. Prazo para retirada do benefício termina dia 30 próximo.
Ricardo César
A 17 dias do fim do prazo para o resgate do abono salarial do PIS/Pasep, 35.589 benefícios em Goiás ainda não solicitaram seus benefícios. Cerca de R$ 18 milhões estão à espera do saque. Segundo o Ministério do Trabalho (MTE), dos 548.633 trabalhadores que têm direito ao benefício no Estado, 93,51% (ou 513.044) já retiraram o dinheiro. Até a última atualização, R$ 236 milhões já havia sido pagos.
Os beneficiários que ainda não sacaram o abono salarial – correspondente a um salário mínimo (R$ 510) e ao exercício 2009/2010 – devem comparecer a uma das agências da Caixa Econômica Federal (CEF), no caso do PIS, ou do Banco do Brasil (BB), se for do Pasep, até o dia 30 próximo. Conforme o MTE, não haverá prorrogação do prazo.
O superintendente regional do Trabalho e Emprego, Samuel Alves Silva, diz que, apesar de ainda faltarem 6,5% do total, o índice de beneficiados já representa uma marca histórica no pagamento do abono salarial, superando o recorde anterior, registrado no exercício 2008/2009, quando 480 mil trabalhadores tiveram acesso ao benefício.
"Os valores que não forem sacados retornarão ao Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) para serem aplicados. O abono é um 14º salário para o trabalhador, e certamente faz a diferença na economia goiana. Afinal, são R$ 18 milhões que estão parados à espera do trabalhador", afirma o gerente regional de Negócios da Caixa, Marcos Donizete .
O abono salarial é destinado ao trabalhador ou servidor que recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais no ano-base, que seja cadastrado no PIS/Pasep desde 2005 e que tenha trabalhado pelo menos 30 dias em 2009 (veja quadro ao lado).
Para receber o PIS, o trabalhador celetista deve comparecer a uma das agências da CEF com documento de identificação pessoal. Já os servidores públicos, que têm direito ao Pasep, devem se deslocar a uma das agências do BB, portando os documentos pessoais.
Centro Oeste – A região Centro-Oeste apresenta a menor taxa de cobertura de saques, com 91,11% tendo sacado o valor. A região com maior taxa de cobertura é o Nordeste, que alcançou 96,01% dos trabalhadores e pagou R$ 1,6 bilhão em benefícios. Em seguida está o Sul, com cobertura de 95,45%. O Sudeste está em terceiro, com taxa de cobertura de 95,05% e o maior número de trabalhadores que já sacaram o abono, 7.525.137 beneficiários.