Trabalhadores pressionam por reajustes

Depois de um primeiro semestre de conquistas, quando 93% dos acordos coletivos conseguiram reajustes acima da inflação, a expectativa para as negociações salariais neste segundo semestre do ano, que reúne as grandes categorias de trabalhadores, é de repetir as conquistas dos primeiros seis meses deste ano.

— As negociações no 2º semestre terão como base o que foi conquistado no primeiro — diz Airton Santos, técnico do Dieese.

É com essa ideia que bancários, metalúrgicos e comerciários estão encaminhando suas propostas para as negociações, que começou em 1º de setembro. No caso dos bancários, que reúne 500 mil trabalhadores em todo o país, a expectativa, diz Juvândia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, é de uma negociação difícil. Os comerciários de São Paulo, cerca de 500 mil na capital paulista, também esperam um embate “complicado” com a Fecomércio.

Do lado dos metalúrgicos, o atual cenário econômico deverá dificultar as conquistas de aumentos acima da inflação. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, e que representa cerca de 750 mil metalúrgicos no estado de São Paulo, não descarta a repetição de uma união entre as centrais, como aconteceu em 2013, para pressionar as empresas a avançarem nas propostas econômicas. No caso dos metalúrgicos da Força, a data-base é 1º de novembro, por isso, os sindicatos ainda estão definindo em assembleias os percentuais de reajuste.

Neste ano, os petroleiros querem rapidez na campanha, que tratará apenas de salários. Já há consenso sobre a proposta de 5,5% de aumento real, mas eles ainda discutem a pauta de reivindicações,que inclui remunerações adicionais por deslocamento, turno e insalubridade. Ano passado, quando a campanha acabou em outubro e teve cinco dias de greve, eles obtiveram aumento de 2,2% acima da inflação.

O diretor de Planejamento da Federação Única de Petroleiros (FUP), José Genivaldo Silva, reconhece que a estratégia escolhida neste ano de uma campanha breve quer tentar evitar desgastes à presidente Dilma Rousseff, candidata apoiada pela entidade. Os petroleiros entregam no dia 27 a pauta para a Petrobras.

 

 

Facebook
Twitter
LinkedIn