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Vacinação contra gripe A é prorrogada em Goiás

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Vacinação contra gripe A é prorrogada em Goiás

 

 

Estado vai prorrogar campanha de vacinação, que terminou ontem em todo o país, até que metas de imunização sejas alcançadas

Camila Blumenschein

          A campanha nacional de vacinação contra a gripe A (H1N1), a chamada gripe suína, chegou ao fim ontem mas sobraram 300 mil doses da vacina em Goiás. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou que a vacinação continua nos postos de saúde do Estado até que o estoque seja zerado. Poderão ser imunizados todos os grupos prioritários – grávidas, portadores de doenças crônicas, entre outros. Mesmo com a sobra de vacinas, Goiás atingiu a meta em quase todos os grupos.

        De acordo com a secretária estadual de Saúde, Irani Ribeiro, Goiás tem motivos para comemorar, já que alcançou o primeiro lugar na vacinação de gestantes no ranking brasileiro e nas demais categorias está entre os cinco melhores. Desde o dia 8 de março deste ano, quando a campanha de vacinação começou, 2.463.284 pessoas foram imunizadas no Estado, o que representa, no total, 88% das pessoas que fizeram parte dos grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

         Segundo Irani Ribeiro, somente os grupos dos adultos de 30 a 39 anos e das crianças de 2 a 4 anos (faixa etária incluída recentemente nos grupos de vacinação) não conseguiram atingir a meta proposta, que seria imunizar 80% da população-alvo.

         A participação efetiva ficou por conta do grupo de profissionais da saúde, doentes crônicos maiores de 60 anos e crianças menores de 2 anos. A vacinação das gestantes alcançou 89%. A secretária estadual de Saúde informou também que a campanha terminou oficialmente ontem, mas será prorrogada até que o estoque das doses de vacina terminem. “Temos mais de 300 mil doses da vacina em estoque e a orientação é que elas sejam usadas pelos municípios que não tiverem atingido alguma meta. Queremos que os municípios que não atingiram a meta do grupo das gestantes deem prioridade à elas”, explicou Irani.

         Com a prorrogação da vacinação, conforme Irani Ribeiro, os municípios terão autoridade para utilizar as doses que estiverem sobrando. “Todos os grupos poderão vacinar durante esse período, mesmo com a priorização daqueles que não atingiram as metas”, disse.

         Mais de 30% dos municípios do Estado não atingiram metas em uma ou outra faixa etária – o que corresponde a mais de 70 cidades. Até ontem, os números de Goiânia indicavam os grupos dos adultos de 30 a 39 anos e das crianças de 2 a 4 anos como os que não haviam atingido a meta.

        De acordo com a Chefe de Divisão da Imunização da Secretaria Estadual da Saúde (SMS), Maria das Dores Ribeiro, como a demanda no último dia foi grande, os números podem ter mudado. “A quantidade de pessoas que deixou para vacinar no último dia foi muito grande e ainda vamos calcular esse número. Se essas metas com problemas forem atingidas, não haverá prorrogação da vacinação”, destacou.

Filas
            A fila no Ciams Pedro Ludivico ontem à tarde, estava grande. Até as 15 horas, cerca de 1.100 pessoas haviam sido imunizadas e a fila não parava de crescer. Segundo a coordenadora geral da unidade, Ana Paula Alves, o fluxo no Ciams não era comum. “As pessoas realmente deixaram para vacinar na última hora. Nos outros dias o posto de saúde não estava tão cheio assim”, afirmou.

          No meio da tarde as doses da vacina chegaram a acabar no Ciams devido a grande quantidade de pessoas e foi preciso que diretoria solicitasse mais doses à SMS.

          O zelador Natal José de Oliveira, de 34 anos, era uma das pessoas que aguardava na fila. “Não vim antes porque estava com medo de passar mal e fui deixando para depois, mas de hoje não pode passar”, confessou.

         No Cais Novo Mundo a situação era a mesma. Mais de 300 pessoas foram vacinadas na unidade ontem. A gestante Amanda da Costa, de 15 anos, também deixou para vacinar no último dia com medo das reações da vacina. “Apesar do medo o jeito foi encarar”, declarou.

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