Apenas uma das 17 capitais brasileiras onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registrou, em abril, queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais. A única retração ocorreu em Goiânia (-0,22%). Brasília (0,57%) e Aracaju (1,80%) apresentaram os menores aumentos. Por outro lado, as maiores altas ocorreram em Natal (12,09%), Belo Horizonte (6,55%) e Recife (6,17%). A cesta chegou ao preço de R$206,46 o quarto menor. Em 12 meses a baixa é de 2,54%. Porém no primeiro quadrimestre do ano há um aumento de 8,15%.
A maior parte dos 13 produtos pesquisados ficou mais barata em abril, com os principais destaques para o óleo de soja (-8,72%), o açúcar cristal (-8,09%) e a banana (-6,58%), seguidos do café em pó (-4,38%), carne bovina de primeira (-2,77%), feijão carioquinha (-2,74%), farinha de trigo (-2,33%), arroz agulhinha tipo 1 (-2,2%) e do pão francês (-1,56%). O tomate foi o produto que apresentou maior variação aumentando em 14,86%. Também subiram: leite in natura integral (4,88%), batata (3,61%) e a manteiga (2,59%).
Em comparação com abril de 2009, sete itens foram responsáveis pela queda da cesta: feijão (-17,11%), óleo de soja (-12,72%), farinha de trigo (-10,68%), banana (-9,32%), carne (-8,87%), café (-4,53%) e o a arroz (-1,11%). Houve aumento no preço do açúcar (16,61%), tomate (12,33%), leite (10,34%), manteiga (3,31%), batata (0,5%) e do pão (0,32%).
O trabalhador goiano remunerado pelo salário mínimo (R$ 510,00) precisou trabalhar, em abril, 89 horas e 04 minutos para comprar os mesmos itens que, em
março, exigiam o cumprimento de 89 horas e 15 minutos e em abril de 2009 requeriam a realização de 100 horas e 14 minutos. Resultado semelhante é observado quando é feita a comparação entre o custo da cesta alimentar e o salário mínimo líquido – após o desconto da parcela referente à Previdência Social. Em abril último, o custo da cesta representava 44,00% do mínimo líquido, percentual superior ao de março (44,10%) e ao de abril de 2009 (49,52%).