O volume de vendas do comércio varejista brasileiro deverá crescer aproximadamente 4,5% no Natal deste
ano. Apesar da expectativa de alta, o aumento do faturamento será menor do que os 8,1% apurados no
mesmo período do ano passado.
A desaceleração das vendas deverá se aplicar também à criação de postos de trabalho temporários. As vagas temporárias voltadas para o período natalino, que em 2012 cresceram 3,1%, este ano deverão avançar menos (+1,8%) com a geração de 122,9 mil empregos temporários.
Dos principais ramos do varejo, o vestuário é usualmente o mais impactado pela demanda sazonal de final
de ano. Com previsão de abertura de 69,5 mil vagas, esse segmento deverá, novamente, se destacar
respondendo por 56,5% do total de postos criados no varejo.
Em seguida, devem vir os segmentos de hiper e supermercados com 27,7 mil postos (ou 22,5% do total), e de móveis e eletrodomésticos com 12,0 mil empregos (ou 9,8% do total).
As vendas nas farmácias e perfumarias, ramo que vem se sobressaindo no comércio varejista em 2013, deverão registrar o maior aumento de contratação de temporários (+5,3% sobre o Natal de 2012). Por outro lado, o segmento de informática e comunicação e o ramo de artigos de uso pessoal, ambos afetados pela recente desvalorização do Real e pela menor ampliação do crédito ao consumidor, deverão registrar,respectivamente, quedas de 0,1% e 1,1% na geração de emprego temporário.
A temporada de contratações temporárias, que no varejo se inicia em setembro e se estende até o mês de novembro, normalmente, responde por 40% das vagas abertas ao longo do ano em média. A expectativa é de que um em cada oito trabalhadores contratados em regime temporário seja definitivamente absorvido ao contingente de empregados do varejo após as vendas de final de ano.