Vítimas do atirador de Realengo começam a ser enterradas nesta sexta-feira

Estudantes que morreram durante o ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira na manhã de quinta-feira (7) começam a ser enterrados nesta sexta-feira (8). Ao menos 12 estudantes baleados por Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, morreram. Os corpos foram identificados por parentes no IML (Instituto Médico Legal).

 Os corpos de Mariana Rocha de Souza, Laryssa da Silva Martins e Milena Santos do Nascimento serão enterrados nesta sexta-feira, às 11h, no cemitério do Murundu, em Realengo. O corpo de Géssica Guedes Pereira será enterrado, às 15h, no cemitério Ricardo de Albuquerque, na zona oeste. O corpo Karine Lorraine de Oliveira será enterrado no cemitério da Saudade, em Sepetiba (zona oeste) – até a noite de quinta-feira, o horário não havia sido confirmado.

A prefeitura e a Santa Casa do Rio de Janeiro oferecem os funerários para todas as famílias das vítimas do massacre. De acordo com o assessor de gabinete da prefeitura, o serviço esta disponível para todas as vítimas, porém cabe aos familiares escolherem se querem o serviço ou não.

– Até o momento a prefeitura irá fazer o sepultamento, gratuito, para cinco vítimas. As demais provavelmente estão procurando os serviços funerários particulares. 

Famílias de quatro vítimas autorizaram a retirada dos órgãos para doação. Segundo o diretor da Polícia Técnica e Científica do Estado, Sergio da Costa Henriques, o IML terminou a necropsia nos corpos de 11 crianças e do atirador.

1- Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
5- Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos
9- Géssica Guedes Pereira (aguardando documento)
10- Samira Pires Ribeiro, 13 anos
11 – Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos 

Entenda o caso

Por volta das 8h de quinta-feira, Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra.

Armado com dois revólveres calibre 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam aula. Ao menos 11 morreram e 13 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.

Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada entre o segundo e o primeiro andar, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.

Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.

Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula.

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